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SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS LOTARAM A CÂMARA DE LEME EM BUSCA DE VALORIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO PROMETIDA POR CLAUDEMIR BORGES
Jornal Tribuna de Leme | 26/05/2025

SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS LOTARAM A CÂMARA DE LEME EM BUSCA DE VALORIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO PROMETIDA POR CLAUDEMIR BORGES 2v1241

SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS LOTARAM A CÂMARA DE LEME EM BUSCA DE VALORIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO PROMETIDA POR CLAUDEMIR BORGES

Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Leme, realizada na segunda-feira, 19 de maio, o plenário foi tomado por dezenas de servidores públicos municipais que, cansados de promessas não cumpridas, foram reivindicar a reestruturação de suas carreiras e a valorização salarial de diversas categorias que hoje enfrentam uma dura realidade: mesmo trabalhando em regime integral, muitos servidores recebem salários líquidos menores que o salário-mínimo, após os descontos legais.

A mobilização reflete a crescente insatisfação com a gestão do prefeito Claudemir Borges, que, segundo os trabalhadores, prometeu enviar à Câmara um projeto de reestruturação salarial — mas até agora não cumpriu o compromisso. Pior ainda, o dissídio anual dos servidores foi parcelado de forma desrespeitosa: apenas 1% de reajuste em maio, e 3,83% prometidos para novembro.

Com faixas e cartazes, os servidores ocuparam o plenário em um protesto pacífico e organizado. Foram recebidos pelos vereadores, 5 representantes presentes na manifestação, que se comprometeram em pressionar o Executivo para que o projeto de reestruturação saia do papel. Durante a sessão, foi aprovado em segunda votação o aumento do vale-alimentação, que ará de R$ 270 para R$ 400, um avanço, mas ainda insuficiente frente à defasagem salarial histórica.

Além da revolta com os baixos salários, o que mais tem gerado indignação é a incoerência nos gastos da Prefeitura. O orçamento para 2025 aponta um déficit de R$ 17 milhões na folha de pagamento, mas, contraditoriamente, o município segue contratando empresas por via emergencial, pagando valores muito acima do que seria gasto com servidores concursados. É o caso da terceirização de monitores escolares, cujo custo é quase o dobro do que é pago a um monitor efetivo.

Enquanto isso, boatos dão conta de que a gestão municipal pretende pagar cerca de R$ 750 mil por um único show, o da cantora Ana Castela numa famosa festa da cidade. Em um cenário de crise, queda de indicadores e desvalorização do funcionalismo, o investimento em festas milionárias e contratos duvidosos com empresas terceirizadas têm sido duramente criticados pela população.

A gestão de Claudemir Borges, que já sofre com crescente falta de credibilidade, parece caminhar para um modelo ultraado de istração: muito marketing e pouco resultado. A política do “pão e circo” substitui o planejamento, a austeridade e o compromisso com o serviço público de qualidade. A sociedade lemense, porém, está cada vez mais consciente e exigente.

 A luta dos servidores é legítima — e escancara o abismo entre o discurso e a prática da atual istração.

Sandra Kauffmann 

Fotos: Jornal Tribuna de Leme